DICIONÁRIO DA ARQUITETURA BRASILEIRA COICOEIRA-COLUNETA - 57 Arquiieios EDUARDO CORONA - CARLOS A. C. LEMOS (continuação) COIÇOEIRA Ver COUÇOEIRA. COIFA * Cobertura, geralmente metálica, situada logo acimo dos fogões, que recebe e desvia os vapores de gorduras provenientes da cocção dos alimentos. Ver CAPELA. cc;o O mesmo que SEIXO ROLADO. COLA Substância glutinosa usada para fazer aderência entre duas peças. Nas construções são inúmeras as aplicações da cola: na car-pintaria, marcenaria, pintura, etc. Existem, porá cada fim determinado, vários tipos de cola: as de origem animal e as vegetais, também chamadas de GRUDE. COLARETE Moldura composta de um astrágado juxtaposto e um filete. COLARINHO Moldura chata e de pequena espessura usada para guarnecer colunas. COLÉGIO Edifício destinado ao ensino primário ou secundário, cujo programa prevê além das salas de aula comuns, também as especializadas para desenho, línguas, história e geografia, laboratórios, etc. Ver ESCOLA, GINÁSIO. Nome que se dava à residência dos padres jesuítas que, além da parte de moradia propriamente dita, possuía igreja, salas de aula, biblioteca, farmácia, etc. constituindo prédio grande com pátio interno, geralmente matriz ou sede dos oadres da região que permaneciam dispersos nas fazendas da comunidade ou em aldeias de índios. é um tronco de cone, isto é, suas secções circulares são variáveis,-3 COLUNA GALBADA, aquela que possue ligeira convexidade para que possa ser corrigida certa ilusão ótica, comum nas colunas cilíndricas; 4) COLUNA SALOMÔNICA, aquela cujo fuste é heli-coidal. Recebe, também, o nome de COLUNA TORCIDA. Este tipo de coluna, muito usado em nossa arquitetura barroca, pode ser simples ou decorado, geralmente com ornamentações entrelaçadas; 5) COLUNA FACEJADA, quando sua secção horizontal é poligonal; 6 COLUNA CÓCLIDA é a coluna ôca e que possue, em seu interior, uma escada em caracol. Quanto ao destino ou posição, a coluna pode ser : 7. COLUNA ATICA, quando decora a parte elevada de uma construção,- 8i COLUNA MENIANA, quando suporta um balcão; 9> COLUNA NICHADA é a que tem metade longitudinal do fuste embebida no paramento de uma parede; 10) COLUNA DUPLICADA, é a que está unida com outra, intro-duzíndo-se até ao terço do seu diâmetro. Quanto à decoração, ou aspecto do fuste, encontramos: II) COLUNA ANELADA, ALMO-FADADA, ou TALHADA, aquela cujo fuste é envolvido por faixas separadas por anéis; 12) COLUNA ESTRIADA, a que tem o fuste percorrido longitudinalmente por caneluras equidistantes. Modernamente, na arquitetura contemporânea, a coluna assume grande pureza formal decorrente de sua função exclusiva de sustentação. 0 Colégio dos Jesuítas de São Paulo em 1818, segundo desenho original de T. Ender. COLHER Pequena pá triangular de ferro e com cabo de madeira, com que o pedreiro aplica, nas paredes, a massa de revestimento ou o reboque das juntas. Segundo suas dimensões, aquela peça pode-se chamar: COLHER, MEIA-COLHER, COLHERIM ou COLHERIL e PINCEL, As duas últimas são muito pequenas e servem para arremates de molduras. COLMO Aplicação figurada de pouco uso que se refere à casa humilde coberta de colmo ou, também, à choça, à palhoça, à choupana. COLUMBÁRIO Construção onde são guardados os restos mortais, ossos ou cinzas, em nichos escavados em paredes. O mesmo que POMBAL. COLUNA Elemento estrutural de sustentação, quase sempre vertical, que desde as épocas imemoráveis assumiu as formes mais variadas, recebendo, também, inúmeras modalidades de ornamentação. Pode ser de pedra, alvenaria, madeira ou metal. Geralmente dividia-se em três partes distintas : base, fuste e capitei. A base, como c nome indica, é o elemento inferior que sustenta o conjunto e que transmite às fundações os esforços recebidos. O fuste compreende o corpo da coluna. Pode ser monolítico, ou maciço, ou então, pode ser fragmentado em TAMBORES, isto é, em discos superpostos, cujas alturas são menores que o diâmetro do próprio fuste; ou em TRONCOS, caso os elementos sejam mais altos que o dito d'â-metro. O capitei é a parte superior, ou arremate, da coluna. Assume, também, inúmeras formas e recebe decorações as mah variadas. Nas colunes sem base e sem capitei, dá-se o nome de IMOSCAPO à extremidade inferior e de SUMOSCADO à extre-midede superior. Dadas as inúmeras variações formais existentes, são classificadas as colunas em tipos, cuja nomenclatura é por demais extensa. A esse respeito, ver o trabalho de Adolfo Mora les de Los Rios, "Teoria e Filosofia da Arquitetura", que praticamente esgotou o assunto. Serão enumerados a seguir algumas modalidades de colunas : 11 COLUNA CILÍNDRICA, aquela de secção circular e com diâmetro constante, de cima a baixo; 2 COLUNA DIMINUÍDA, ou TRONCO-CÔNICA, aquela cujo fuste vaionzaaa peios princípios runcionaustas de Le L-orbusier, ganhando o nome hoje internacional de "PILOTIS", ela tem tomado conformações que fogem do primitivo fuste cilíndrico, como as atuais de Oscar Niemeyer (croquis acima) que tem caracterizado sobremaneira a evolução desse elemento na arquitetura brasileira. COLUNAR Que tem a forma de COLUNA. Dispor em colunas. Dar a forma de coluna. COLOFÔNIA Resina residual na distilação do azeite de terebentina, dura e frágil, que se dissolve no álcool, na acetona, no benzol no éter, etc. Serve para a fabricação de vernizes, para a solda, etc. COLORIDO Termo que aparece seguidamente como substantivo, em lugar ou como sinônimo de cor. O colorido de um edifício, etc. COLUNATA Série de colunas enfile'radas si métrica mente. Se o número de colunas é grande e não pode ser determinado numa simples vista de olhos, o conjunto recebe o nome de POLISTILO. O mesmo que PERISTILO.